segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Falem mal, e falem de todos...

Antes de começar, preciso esclarecer algo fundamental. Nem tudo o que escrevo aqui expressa a minha experiência pessoal. Para ser mais clara, quando eu falar mal de marido, mãe, sogra, amigas invejosas e afins, não estou necessariamente dizendo das pessoas com as quais compartilho a minha intimidade ou convivo. Digo isso porque senão fica tudo muito sem graça, e assim perco a oportunidade de praticar o esporte que as mulheres mais fazem e fazem bem: falar dos outros!

Começa assim “eu não tenho nada a ver com a vida da fulana, mas é que...” ou “não estou querendo falar mal mas...” e na tentativa de burlar o próprio comentário maldoso, tem aquelas que usam de uma expressão muito comum no interior de Minas que é assim “como diz o outro...”. Que outro, meu Deus, não tem outro nenhum, somos nós mesmas que estamos falando, o pobre do outro acaba pagando um pato sem sequer ter aberto a boca!

E dessa forma, como uma doença contagiosa mais poderosa do que o vírus da gripe H1N1 no inverno passado, a fofoca se espalha e a conversa que começou “inocentemente” ganha ares de dissertação de doutorado, tamanho o número de elementos narrados sobre a vida alheia, com um agravante: uma fofoca bem feita tem o poder de acabar com relacionamentos, trazer problemas no trabalho ou, na melhor das hipóteses, causar uma bela saia justa.

Para confirmar a minha tese, recentemente li um estudo do renomado instituto de pesquisas OnePoll do Reino Unido, que afirma que os homens passam 76 minutos diários conversando sobre amenidades com amigos e colegas de trabalho e que as mulheres passam apenas 52 minutos. Embora os dados apontem que os homens falam mais da vida alheia (o que eu particularmente duvido), o estudo revela ainda que os assuntos favoritos do sexo oposto são as aventuras de amigos bêbados e comentários a respeito da funcionária mais bonita do escritório. Já nós mulheres, preferimos passar o tempo falando mal de outras mulheres, especulando a vida sexual dos conhecidos e comentando sobre o peso das amigas. Ou seja, podemos até falar menos mas não precisamos de muito tempo, pois quando abrimos a boca o efeito é devastador!

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