Nem na hora de ir ao banheiro as mulheres param de falar. Quando não vão em dupla, arrumam uma “prosinha” enquanto fazem xixi, coisa inimaginável para o sexo oposto, ou você acha que enquanto está lá, concentradão, tentando acertar o buraco do mictório, os homens falam da celulite do fulano ou do sapato do beltrano?
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Agulha de vitrola
Nem na hora de ir ao banheiro as mulheres param de falar. Quando não vão em dupla, arrumam uma “prosinha” enquanto fazem xixi, coisa inimaginável para o sexo oposto, ou você acha que enquanto está lá, concentradão, tentando acertar o buraco do mictório, os homens falam da celulite do fulano ou do sapato do beltrano?
domingo, 22 de agosto de 2010
Merci, Paris
Diante de tal filosofia, tive o privilégio de, ao longo da vida, conhecer lugares e pessoas fabulosos, desbravando grande parte de Brasil e alguns países mundo afora. No entanto, faltava Paris. E ir à Paris mostrou-me que, mais do que a surpresa e a emoção causada pela grandiosidade da capital francesa, o que faz de Paris uma experiência singular não é o antes nem o durante e sim o depois da viagem.
Explico porquê: dizer “Estive em Paris” é como um bálsamo, algo que se aplica às mais diversas situações e que serve como um tônico para levantar o astral de qualquer um. Acho até que essa expressão deveria ser engarrafada e vendida em farmácia, pois a sua eficácia supera qualquer antidepressivo e o melhor, sem contra-indicação e efeitos colaterais!
Dia desses, fui ao supermercado, tarefa, em minha opinião, chatíssima! Para completar, na hora de embalar as compras fiquei sabendo que o supermercado não disponibilizava mais sacolas e que eu teria que levar a compra (do mês, diga-se de passagem), em caixas de papelão.
Acho louvável a preocupação ambiental e acredito que todas as ações nesse sentido merecem o nosso aplauso e apoio, entretanto, não dar outra alternativa, como por exemplo, cobrar pelas sacolas plásticas é um desrespeito ao consumidor
Assim, eu que já não estava com o melhor humor por estar fazendo um programa que não gosto, enfureci de vez. Já estava prestes a esbravejar quando lembrei que em Paris paguei por sacolas em um supermercado. Mencionei então que “quando estive em Paris...” e relatei o fato. Pronto! Quase que por milagre o tempo abriu, a nuvem cinza se foi e a raiva desapareceu como num passe de mágica.
Aconteceu novamente dias depois em um restaurante. Fui pedir um crepe e tentando montar o prato de acordo com o meu gosto -, sem conseguir o menor entendimento do garçom, fato que estava me deixando impaciente -, fiz uso mais uma vez da expressão “quando estive em Paris...” e sugeri os mesmos ingredientes do fabuloso crepe que comi lá. Na mesma hora não só me acalmei, como também o garçom compreendeu do que se tratava e eu pude comer um crepe delicioso, fechando os olhos e tentando reviver essa experiência única chamada Paris!
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Falem mal, e falem de todos...
Antes de começar, preciso esclarecer algo fundamental. Nem tudo o que escrevo aqui expressa a minha experiência pessoal. Para ser mais clara, quando eu falar mal de marido, mãe, sogra, amigas invejosas e afins, não estou necessariamente dizendo das pessoas com as quais compartilho a minha intimidade ou convivo. Digo isso porque senão fica tudo muito sem graça, e assim perco a oportunidade de praticar o esporte que as mulheres mais fazem e fazem bem: falar dos outros!
Começa assim “eu não tenho nada a ver com a vida da fulana, mas é que...” ou “não estou querendo falar mal mas...” e na tentativa de burlar o próprio comentário maldoso, tem aquelas que usam de uma expressão muito comum no interior de Minas que é assim “como diz o outro...”. Que outro, meu Deus, não tem outro nenhum, somos nós mesmas que estamos falando, o pobre do outro acaba pagando um pato sem sequer ter aberto a boca!
E dessa forma, como uma doença contagiosa mais poderosa do que o vírus da gripe H1N1 no inverno passado, a fofoca se espalha e a conversa que começou “inocentemente” ganha ares de dissertação de doutorado, tamanho o número de elementos narrados sobre a vida alheia, com um agravante: uma fofoca bem feita tem o poder de acabar com relacionamentos, trazer problemas no trabalho ou, na melhor das hipóteses, causar uma bela saia justa.
Para confirmar a minha tese, recentemente li um estudo do renomado instituto de pesquisas OnePoll do Reino Unido, que afirma que os homens passam 76 minutos diários conversando sobre amenidades com amigos e colegas de trabalho e que as mulheres passam apenas 52 minutos. Embora os dados apontem que os homens falam mais da vida alheia (o que eu particularmente duvido), o estudo revela ainda que os assuntos favoritos do sexo oposto são as aventuras de amigos bêbados e comentários a respeito da funcionária mais bonita do escritório. Já nós mulheres, preferimos passar o tempo falando mal de outras mulheres, especulando a vida sexual dos conhecidos e comentando sobre o peso das amigas. Ou seja, podemos até falar menos mas não precisamos de muito tempo, pois quando abrimos a boca o efeito é devastador!