quinta-feira, 15 de julho de 2010

Mulheres vuvuzelas

Sei que posso ser linchada em praça pública a respeito do que vou dizer, mas como nem Jesus Cristo foi uma unanimidade, não terei eu a pretensão de receber aprovação sobre aquilo que penso e digo. Mas a verdade é que, com a Copa do Mundo, observei um fenômeno que me causa enorme antipatia e daí a crítica: o número de mulheres entendidas sobre futebol e contundentes na sua torcida.

Sem nenhum apelo machista (longe de mim), mas penso que o ímpeto de gritar, xingar a mãe do juiz (no caso do Brasil, do técnico e do meio campo!), cabe melhor à boca e às discussões dos homens do que às nossas. Também não acho que a nós compete unicamente ficar comentando sobre coxas de jogadores, tampouco escalando a seleção dos mais bonitos da Copa, temos muito mais a dizer sobre futebol ou qualquer outro esporte, mas querer ocupar um espaço que combina muito mais com o universo masculino me parece uma maneira um pouco equivocada de querer participar.

Digo isso porque ao longo da Copa da África tive a oportunidade de acompanhar na companhia do meu marido, os jogos da Seleção Brasileira em ambientes distintos e em todos eles foi possível encontrar candidatas a substitutas do Galvão Bueno, tamanha a empáfia e eloquência nas suas torcidas. E o pior de tudo isso é que, de uma maneira geral, a quantidade de comentários é proporcional ao número de bolas fora que as mulheres cometem em suas intervenções futebolísticas.

Modismo, necessidade de afirmação, ou vontade de aparecer? Não sei, só penso que há outras maneiras de nos expressar, torcer e mostrar a paixão pelo esporte número um na preferência nacional e não ficar parecendo com uma vuvuzela: barulhenta, inconveniente e fora do tom!

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